Poesia e pensamentos livres

Olho, olho-te! Sinto que o tempo parou! Sais em silêncio. Ironia! Surpreendeste-me! O que sempre me incomodou em ti foram os teus barulhos. Fica o caminho sinuoso que nos trouxe até aqui. Tudo o demais reflexos de um rosto que deposita as desilusões aos infinitos pés da verdade. A vida despede-se de um momento para saudar outro. Cansaço! Mais uma vez o dramatismo do fim de linha e o peso de...
Hesitei! Um ou dois?Costumavam ser dois! Cheios de tudo e de nada, mas plenos de sonhos que tocavam tão alto em mim, em ti, e na vida. Hoje existe só um copo nesta mesa. Mas no meu corpo, mais que nunca, corre a essência de uma garrafa partilhada. Tu não falas e ainda assim calo-me para te escutar. Pairas noutros mundos e no meu intoleravelmente escuto as tuas melodias. Imagino-te em versos que...
Desejo as luzes, estou pronta! Tenho no corpo a ânsia da inconsequência e na alma a febre do momentâneo. Quero dizer que não, que sim, talvez, ou simplesmente calar-me no incógnito da música. Esqueço tudo! Por momentos quero deambular por desejos de mim na despreocupação de um sonho acordado. Que se lixem os pudores, sinto asas nos pés e quero voar nesse espaço onde tudo é permitido e a nada...
A noite está perfeita. Silêncio! A lei é minha o palco é meu. Quanta magia sinto neste momento em que volto ao tempo em que as esperanças voavam de pijama. O pijama já não é o mesmo, mas é meu! Voo na mesma. Ah! Chuva Purificadora. Podes molhar sem piedade e gelar sem clemência. Não estou Aqui! Voltei ao lugar das dores dissipadas, ao recanto do esquecimento onde a solidão se expõe em todos...
Hoje é um desses dias em que saio de mim para ser tudo no teu desejo. Estarás tu à espera? Estarás preparado para mim? Fantasia! Acordei a pensar na magia da surpresa, no desejo provocado. Aqui estou! Que esperas? Se soubesses quanto amor e desejo cabe nesta roupa que me veste. Dou-me! Toma-me, assalta-me e descobre-me em viagem por mim numa rota de cama desfeita. 10-11-2010 $.backstretch([ ...
Cada dia me dispo das vestes gastas de mim. Esqueço o que fui para lembrar-me de quem sou. Nada me chega completo porque nada procuro. Experimento tudo vestido desse nada que carrego. Sou realidade entre o momentâneo e o eterno. Memória de encontros fortuitos coloridos de eternidade pelo pincel do acaso. Transfiguro-me todos os dias com rituais tipificados na irrealidade confusa das coisas, num...
Sou tua! Mas tu não sabes como te sinto. Nem poderás saber, perdido que estás em ti e nos sonhos nos quais não me colocas. Deixo o desejo de que um dia descubras por mero acaso quem sou, não em mim, mas em ti. Nesse dia não penses! Abraça-me! O teu único erro serei eu. E tudo o resto - acredita -, não vais necessitar. 02/11/2010 $.backstretch([ "https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiInmsM_NzLfI6w9JmwF9QdLHAsUa1HWq5JMPlt5BgtIk3zi2nOBlcDmlQdNXyHenmZrZ0cTt4a6003ah0FopXE1TBXuEf1QBju0RXQGnpo-iwZH5gxSt19IL5QtNnWurntCsfnMfUI7-li/s1600-r/mulher+4.jpg"...
Vontades e realidades em linhas paralelas que momentaneamente se intersectam. Ou quiçá nunca! Tudo acontece entre tempo e tempo, entre pressa e pressa. Gente à procura de ter pressa. Gente com pressa da procura. Gente calmamente com pressa, ou apressadamente calma. Do finito ao infinito à velocidade da luz. Quantificações simplistas de uma realidade equacionável. Num espaço indefinido entre...
Perdi-te! Dou mil voltas na cama e acabo por entender que é inútil permanecer deitado. Estou impaciente, inquieto, e com essa sensação de quem não quer pensar e não faz outra coisa que não isso mesmo. Tenho que esperar que o sono me domine ou que os pensamentos desordenados que agora me escravizam se afastem. Não importa! Levanto-me e acendo esse cigarro que reclama misericórdia à insónia. Desgraçado!...
A noite está calma, a alma serena, e o meu corpo tem a leveza do vazio. Não olho! Não escuto! Não paro! Sigo decidido no trilho da ausência. Não quero espalhar sorrisos. Quero a fome de calar-me. Não quero escutar palavras que me condenem nem um único som que me venere. Sigo o percurso da fuga do tédio ruidoso. Quero estar onde o silêncio me sente, onde escuto o meu sentir, vazio de ninguém. Preciso...
Que seja nas tuas mãos que o meu corpo treme. Que seja pela tua pele que o meu corpo anseia. Que se humilhem os meus sentidos pela tua presença. Que se incendeie o apetite na tua ausência. Que eu não esteja presente quando tu estiveres distante. Que tudo o que é química seja paixão. Que o eterno seja amor. Que tudo o resto não seja importante. Que o importante seja o essencial. Que o essencial não...
I – Tudo é temporário A vida é o palco onde interpretamos um papel permitido pela vastidão da nossa ignorância. O que acreditamos ser do domínio conhecido num determinado momento, constituirá o vasto universo da dúvida no momento seguinte. A linha que divide o compreensível do incompreensível é definida por segundos que separam o passado, presente e futuro. De estação em estação tudo se renova,...
Derramem sobre mim a terra do mundo! Que me importa! Continuarei sempre renascendo na flor que brotará corajosa do meu descanso. Não permanecerei no silêncio da bruma, terei dias e noites de alma cativa, terei dias e noites de alma livre. Poderei sentir a face fria, mas sei que o meu lugar é nos canteiros floridos absorvendo a luz do sol. Antes que a terra me pise, deposito a esperança nos cantos...
Ah meus queridos Poetas! Tanta falta fazem ao mundo, tanta falta nos fazem. O mundo precisa de alma, de palavras simples e não de simples palavras, de sentimento genuíno em detrimento do calculismo metafórico, de emoção e não de frieza matemática. O mundo necessita da palavra perdida que deu eternidade a um momento, e não de momentos escolhidos para dar eternidade à palavra. O mundo clama pelos...
O futuro é um desejo que desperta com o fluir de todas as experiências vividas nesse momento chamado presente! Não é construção projectada com traços de arquitecto idealista, mas pintura abstracta de uma consciência que se transforma, consoante as cores que experimenta. É consequência, nunca objectivo. É caminho, nunca chegada. É um conceito que se extingue à medida que o tempo passa. Nunca existirá...
Ombros caídos sucumbem ao peso da desistência. Corpos cansados definham em mentes perdidas nos corredores sem a luz da esperança. Solitárias mentes que não encontram uma razão para insistir na luta porque o vazio tomou o lugar do sonho. Protegem-se fechando-se em si mesmos esqueçendo que o corpo sempre estará acorrentado ao mundo. Sofrem a dor visceral do esfumar da vida por entre as mãos calejadas...

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