Poesia e pensamentos livres

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Por tua culpa, por minha culpa, por sabe-se lá culpa de quem, acabo de sair do cinema mudo, da rocha calcada abandonada e sonolenta da apatia. Desse buraco negro onde todas as direcções são boas porque nunca se sai do mesmo sítio. Todos os meus pensamentos são agora traços firmes tatuados sem receios num papel deslumbrado com a minha convicção. Ouso querer pintar o infinito e superiorizar-me à...
Nada será como antes, porque o antes já não é o que nos faz. O agora é o antes de um depois que nos fará... O passado é o anexo De presente já vivido O futuro um reflexo De presente construído Tudo muda! Somos matéria em transformação... A ânsia de liberdade e a imagem de escravidão. O amor desejado, o amor experimentado O amor contratado o amor vendido. A paixão fugaz, a paixão que permanece A...
Olho, olho-te! Sinto que o tempo parou! Sais em silêncio. Ironia! Surpreendeste-me! O que sempre me incomodou em ti foram os teus barulhos. Fica o caminho sinuoso que nos trouxe até aqui. Tudo o demais reflexos de um rosto que deposita as desilusões aos infinitos pés da verdade. A vida despede-se de um momento para saudar outro. Cansaço! Mais uma vez o dramatismo do fim de linha e o peso de...
Cada dia me dispo das vestes gastas de mim. Esqueço o que fui para lembrar-me de quem sou. Nada me chega completo porque nada procuro. Experimento tudo vestido desse nada que carrego. Sou realidade entre o momentâneo e o eterno. Memória de encontros fortuitos coloridos de eternidade pelo pincel do acaso. Transfiguro-me todos os dias com rituais tipificados na irrealidade confusa das coisas, num...
Perdi-te! Dou mil voltas na cama e acabo por entender que é inútil permanecer deitado. Estou impaciente, inquieto, e com essa sensação de quem não quer pensar e não faz outra coisa que não isso mesmo. Tenho que esperar que o sono me domine ou que os pensamentos desordenados que agora me escravizam se afastem. Não importa! Levanto-me e acendo esse cigarro que reclama misericórdia à insónia. Desgraçado!...
O futuro é um desejo que desperta com o fluir de todas as experiências vividas nesse momento chamado presente! Não é construção projectada com traços de arquitecto idealista, mas pintura abstracta de uma consciência que se transforma, consoante as cores que experimenta. É consequência, nunca objectivo. É caminho, nunca chegada. É um conceito que se extingue à medida que o tempo passa. Nunca existirá...
Descanso! Hiberno a minha humanidade. Descanso! Solto a alma na amplitude infinita do sonho. Percorro as esquinas da mente vagueando. Vagabundo! Sem estratégia, sem ontem, hoje ou amanhã. Sem pressa, sem calma, sem nada! Nada que me atrapalhe a não ser eu próprio. Habito no disperso, no nada que é inteiro, tudo é nevoeiro. Já não tenho nada para dar. Ou será que ainda não tenho. Meio copo, o...
Se pudesse! Alimentar a paz comendo a maça proibida. Ter a lâmpada de Aladino e abrir a gruta de Ali Babá. Percorrer as mil e uma noites no meu tapete. Ser guardião da Arca da Aliança.. Entender os sete pecados capitais. Abrir a caixa de Pandora. Ser centurião com a ideia de Roma, cavaleiro da Távola Redonda. Beber a imortalidade do santo Graal. Ter a máquina do tempo. Se pudesse! Percorreria as...
Acredito que momentos mágicos teremos Para que sejamos nós mesmos de verdade E na loucura da vida a fonte encontraremos Para beber os sabores da plena felicidade Embriagados pelos aromas de querer viver Sem limites e com jovial loucura viajamos Para a vida que merecemos e exigimos ter E não a que nos impõem e nunca desejamos Seremos livres para nos céus voar Para outros mundos belos e risonhos E...
Que nestes momentos de introspecção, induzidos por uma época de sentimentos que vagueiam num espaço de magia e criação individual, possamos desejar que nada seja como até aqui, se o “até aqui” não é o desejado. Que os sons desta época, sejam de cânticos de liberdade e revolta contra o que dentro de nós nos sufoca . Que o despertar de cada um destes dias revele um “arco-íris” de alegria, e nele vejamos...
Solidão, palavra tão isoladamente proferida, sentimento tão profundamente experimentado, por vezes conveniente “álibi” para a incompreensão da nossa realidade, do nosso caminho e da fragilidade no domínio da nossa existência. Ninguém nega que em momentos essa palavra não seja consistente com o sentir da nossa alma, nem questiona a sua intermitente existência, mas poucos conseguem entender a sua essência,...
Naquela manhã... Estúpido mas inevitável encontro... Fecho os olhos! Sinto-me intensamente escavado e rebuscado no meu interior. O desespero das nossas mãos... a mágoa em aflição dos nossos lábios, procurando-se na angústia da cruel certeza que tu própria ditaras... Tal como um passageiro clandestino julga ter o direito de parar a viagem... Lembras-te? Foi no beijo instintivo e animal que demos,...

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