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By Placido De Oliveira on quinta-feira, novembro 03, 2011
By Placido De Oliveira on quinta-feira, dezembro 02, 2010
Olho, olho-te!
Sinto que o tempo parou!
Sais em silêncio. Ironia! Surpreendeste-me!
O que sempre me incomodou em ti foram os teus barulhos. Fica o caminho sinuoso que nos trouxe até aqui.
Tudo o demais reflexos de um rosto que deposita as desilusões aos infinitos pés da verdade.
A vida despede-se de um momento para saudar outro.
Cansaço!
Mais uma vez o dramatismo do fim de linha e o peso de todos os inícios.
A minha saudade saúda-te, como que num processo automático de despedida.
Vou ficar aqui até que a tua sombra desapareça no horizonte e dessa forma tenha a tua altura.
Sairei quando me cansar de apreciar o momento em que, pela primeira vez, em silêncio conseguiste ser honesto.
Pensávamos que tínhamos todo o tempo do mundo, e de repente anoiteceu.
De te sonhar cheguei até aqui!
De te amar, por nada ter, te deixo ir!
Partirei!
Agora tenho tempo!
Irei até onde o meu corpo toque, em infinitos já me perdi o suficiente.
Hoje é dia de festa!
Todos os meus fantasmas voltam a vestir o fato da celebração e divertem-se debaixo das árvores despidas de folhas que sucumbiram ao Outono da tua genuína indiferença.
Não entro no exaspero das lágrimas!
É dia de festa, alegro-me!
Alegro-me porque o meu fracasso em ti constrói-me, o teu em mim, é mera consequência de quem és
02-12-2010
By Placido De Oliveira on quinta-feira, novembro 11, 2010
A noite está perfeita.
Silêncio! A lei é minha o palco é meu.
Quanta magia sinto neste momento em que volto ao tempo em que as esperanças voavam de pijama. O pijama já não é o mesmo, mas é meu! Voo na mesma.
Ah! Chuva Purificadora.
Podes molhar sem piedade e gelar sem clemência.
Não estou Aqui!
Voltei ao lugar das dores dissipadas, ao recanto do esquecimento onde a solidão se expõe em todos os silêncios genuínos.
Aos poucos todos os mortos em mim, regressam pela estrada da memória.
E os que nunca partiram, cantam melodias de aleluia pela libertação de tudo o que deixei de ser enquanto fui tua.
Vou estar aqui até ao momento em que a minha pele me obrigue a outra realidade.
E sim!
É Inevitável!
Um dia perderei outra vez a lucidez e voltarei a amar.
11-11-2010
By Placido De Oliveira on segunda-feira, agosto 24, 2009
H! Guerreiros grandiosos! Vos evoco
Agigantastes uma pátria adormecida com o sonho da universalidade. Conquistastes o desconhecido e chegastes ao topo dessa colina sagrada onde vivem os imortais, e do seu cume decidistes que parte do mundo era vosso.
Nem sempre as velas de vossas naus se moveram por ventos de nobres motivos, mas ecoarão eternamente hinos aos vossos gloriosos feitos.
A vossa herança são hoje páginas de histórias de um povo visionário que construiu um império.
De um David que ousou ser Golias.
Esta terra que hoje pisamos, tão longe está daquela construístes, viveste e pela qual destes a vida.
Somos vítimas de um processo de extermínio promovido pela ausência de consciência. Derramamos agora lágrimas em locais sem “sangue de guerra”, lágrimas feitas gotas de água de um mar que dominastes, mas no qual nos sentimos exilados, atirados à tragédia do nosso próprio destino.
Nas suas areias, debaixo de um manto de vergonha, já não sonhamos com outros horizontes, e simplesmente nos escondemos à sombra como almas do outro mundo tementes do sol.
OH! Guerreiros grandiosos! Vos evoco
Não queremos ser esses cobardes que simplesmente esperam, que vêm a vida a passar pintada de cores e não lhe podem tocar.
Queremos correr e saltar, tocar o arco-íris.
As nossas feridas, são lancinantes marcas de uma luta que não ocorreu, de uma guerra sem palco que nos mata.
Vivemos na incerteza atordoados por carrosséis de imposturas.
Não nos deixam entrar no campo de batalha
– Cobardes –
Não desejam o corpo a corpo.
Os escudos são forjados na hipocrisia.
As lanças untadas na sua ponta com o veneno da indiferença.
As Flechas construídas de mediocridade, voam certeiras e trespassam corpos que ecoam cânticos de libertação ao se verem mortalmente atingidos.
As espadas já não têm código de honra, são empunhadas por esses carrascos que nos leitos das suas concubinas, nesses lençóis acetinados que alimentariam uma aldeia completa, se deleitam com sentenças nascidas em orgasmos de poder.
A justiça é agora de facto cega, tapada pela venda da mais infame cobardia que não ousa olhar de frente os condenados.
OH! Guerreiros grandiosos! Vos evoco
No nosso sangue já pouco resta do vosso.
Mas ainda somos soldados!
Soldados sem rosto.
Sem exércitos.
Sem monumento.
Heróis anónimos.
Tombamos numa guerra surda pelo direito a ter um pedaço dessa terra adubada com o vosso sangue.
Pelo direito a andar e não estar sempre no mesmo lugar.
Temos que vestir o fato do guerreiro, não para conquistar os mais longínquos oceanos, mas para defender o nosso charco enlameado e a pele dos homens como nós.
Não lutamos para ampliar impérios, mas contra as ambições desmedidas, de quem nos quer tirar a capacidade de sonhar o sonho, de quem nos obriga a partir porque nos asfixia na nossa própria terra.
Conquistaremos cá dentro o que vocês procuraram nos quatro continentes.
Somos o que sempre fomos na nossa história, Destemidos Soldados, e lutaremos contra esse Golias que nos quer confinar aos lugares onde a luz da nossa harmonia nunca estará presente.
OH! Guerreiros grandiosos! Vos evoco
Voltemos a desfraldar essas velas da liberdade e sonho, que um dia partiram no desconhecido.
Voltamos a ser pequenos mas existimos e não desistimos.
Não temos as tuas ”Tágides “ oh Camões venerado
mas temos a força dos humildes, herdada da fúria desses Oceanos que trespassaram com a vossa ousadia.
Não temos armas, mas temos a força de corações oprimidos que tocam o tambor da justiça.
Não temos hinos grandiosos, mas temos a coragem de não ser hipócritas nos prazeres que buscamos.
Não temos bandeiras, temos a força da revolta de quem se senta numa mesa imposta, adornada pela decadência de quem serve esmolas de hipócrita humanidade.
Nunca seremos história, mas temos a honra da humildade
A alquimia da felicidade
A febre da vida
A ânsia da beleza
A visão de quem sonha.
O desejo de querer mais
A AMBIÇÃO DAS DESCOBERTAS
OH! Guerreiros grandiosos! Vos evoco
Desejamos o repouso destas guerras, não queremos ser donos do céu ou senhores da terra. Queremos ancorar nossos barcos num pedaço de terra em que possamos por fim tirar esses sapatos de soldado e encontrar a paz.
Queremos viver num qualquer lugar que seja nosso e ser cobertos na morte por uma terra que trabalhamos com a força das nossas mãos.
E se para isso tivermos que morrer lutando como o fizestes outrora, se tivermos que nos afogar nas ondas forjadas na raiva de um qualquer Adamastor,
ao menos morremos num mar de sonhos e não viveremos morrendo por os não ter.
Unam-se a nós os que já desistiram, ainda estão a tempo de desistir da desistência.
Não nos restam quaisquer duvidas de que, como para todos esses gloriosos conquistadores,
A MORTE SERÁ UMA AVENTURA
A MORTE SERÁ QUASE COMO A VIDA
09-06-2008
Posted in abraço, acreditar, cobardia, comodismo, coragem, dissertações, prosa, revolta, sonhos | No comments
By Placido De Oliveira on segunda-feira, agosto 24, 2009
Acredito que momentos mágicos teremos
Para que sejamos nós mesmos de verdade
E na loucura da vida a fonte encontraremos
Para beber os sabores da plena felicidade
Embriagados pelos aromas de querer viver
Sem limites e com jovial loucura viajamos
Para a vida que merecemos e exigimos ter
E não a que nos impõem e nunca desejamos
Seremos livres para nos céus voar
Para outros mundos belos e risonhos
E aprenderemos dia a dia a disfrutar
Viver nos ventos dos nossos sonhos
Este futuro que imagino no meu pensamento
Não é um lamento por derrotas já acumuladas
É um grito interior de ânimo e grande alento
Pelas vitórias que ainda temos destinadas
É que se a prisão onde nos obrigam a respirar
Não tem os aromas que perfumam a nossa vida
Não deixemos que a velhice nos faça acreditar
Que não existia uma outra qualquer alternativa
Esta revolta que agora convosco quero partilhar
É uma esperança para que todos no seu cansaço
Possam algum dia ter forças para poder lutar
Pela felicidade forjada ao ritmo do seu passo
Para que sejamos nós mesmos de verdade
E na loucura da vida a fonte encontraremos
Para beber os sabores da plena felicidade
Embriagados pelos aromas de querer viver
Sem limites e com jovial loucura viajamos
Para a vida que merecemos e exigimos ter
E não a que nos impõem e nunca desejamos
Seremos livres para nos céus voar
Para outros mundos belos e risonhos
E aprenderemos dia a dia a disfrutar
Viver nos ventos dos nossos sonhos
Este futuro que imagino no meu pensamento
Não é um lamento por derrotas já acumuladas
É um grito interior de ânimo e grande alento
Pelas vitórias que ainda temos destinadas
É que se a prisão onde nos obrigam a respirar
Não tem os aromas que perfumam a nossa vida
Não deixemos que a velhice nos faça acreditar
Que não existia uma outra qualquer alternativa
Esta revolta que agora convosco quero partilhar
É uma esperança para que todos no seu cansaço
Possam algum dia ter forças para poder lutar
Pela felicidade forjada ao ritmo do seu passo
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