Poesia e pensamentos livres

Sou vítima de um vírus extremamente doloroso! As Ideias. Aquelas a que não concedemos quaisquer visto no passaporte, mas que se dedicam a fazer turismo em nós, no nosso espaço, no nosso território, e nos absorvem por completo. Dominam o tempo, apertam a alma. Controlam-nos! E por mais horizontes diferentes que procuremos, sempre vamos dar a esses becos sem saída onde nos esperam sem nunca de nós...
Descanso! Hiberno a minha humanidade. Descanso! Solto a alma na amplitude infinita do sonho. Percorro as esquinas da mente vagueando. Vagabundo! Sem estratégia, sem ontem, hoje ou amanhã. Sem pressa, sem calma, sem nada! Nada que me atrapalhe a não ser eu próprio. Habito no disperso, no nada que é inteiro, tudo é nevoeiro. Já não tenho nada para dar. Ou será que ainda não tenho. Meio copo, o...
Se pudesse! Alimentar a paz comendo a maça proibida. Ter a lâmpada de Aladino e abrir a gruta de Ali Babá. Percorrer as mil e uma noites no meu tapete. Ser guardião da Arca da Aliança.. Entender os sete pecados capitais. Abrir a caixa de Pandora. Ser centurião com a ideia de Roma, cavaleiro da Távola Redonda. Beber a imortalidade do santo Graal. Ter a máquina do tempo. Se pudesse! Percorreria as...
Nas garras de uma alma ditadora vou em direcção a um destino que é meu, enquanto eu não sou o meu destino. Começo a sentir o meu corpo a esvaziar-se de vida. Estou de partida, ausente de mim, passageiro clandestino despido de tudo que lhe possa dar um nome. Sou outra vez turista dentro da minha própria cidade, vagabundo em esquinas com ecos da minha história. Deixo-me levar pelos caudais de um rio...
alvez, não sei! Não sinto ser capaz! Tantas exteriores vontades me forçam a entrar no reino das palavras! Tantos os que me querem ver transformado em toscos traços perdidos num papel condenado ao esquecimento. Genuínas e amigas mentes impelem-me para um espaço onde sempre me sinto recluso da sentença perpétua da inferioridade. Falam-me! Argumentam! Despertam-me da hibernação de mim, e vestem-me...
A minha alma agoniza Numa cela confinada Quer sair, ser na brisa Pelo vento acarinhada Isolada em quarto oposto Às paredes onde habito Com lágrimas no rosto Solta amordaçado grito Grito de quem desespera Para me ter a seu lado De quem sabe que na espera É sangue de corpo emigrado A minha alma quer partir Encontrar outro abrigo Quer ser livre, se evadir Viajar sem estar comigo Nas águas de qualquer...
Hoje acordei, e como quase sempre é normal, com vontade de dormir. Cumpri todos os rituais que sempre acompanham cada manhã, cada nascer do sol, cada despertar de voz dormente. Espreguicei-me tantas vezes quantas o meu corpo pediu, enrosquei-me e bocejei vezes sem conta. Agarro o relógio com mãos ameaçadoras e olhos que suplicam clemência. Desejo mais uns minutos! Cada segundo é importante! E contra...
Caminho…. Não tenho um pedaço de terra com sementes minhas. Passos decididos em direcção incerta, pintam um quadro abstracto atrás de mim. Dou voltas no mesmo espaço e só encontro vestígios dos passos que já dei, como quem inverte o sentido e regressa ao que já foi. Não existe definição de mim,fato que me caiba, canção que me cante, chavões que me carreguem!!! Que me importa! Se no indefinível estará...
Tenho-te aqui, para mim, a tempo inteiro, neste espaço como qualquer outro, mas especial para nós. Um lugar sem mascaras, sem tabus, onde libertamos a mente e o corpo, onde abríamos a nossa alma aos sonhos e nos deixamos invadir por sensações que experimentamos sem hipócritas vergonhas, falsos pudores ou dispensáveis medos. Tenho-te aqui, perdida nessa fronteira entre consciente e inconsciente,...
As palavras são de facto uma arma poderosa, eu sei, como elas podem ter o poder de enaltecer ou destruir, já proferi e já escutei. Agora, dizer apenas aquelas palavras que se sentem e que dão um sentido e um proveito, isso é toda uma arte completamente diferente, que dificilmente alguém dominará por completo, ou não fosse por vezes o silêncio de ouro. Sempre respeitei o poder que podem assumir em...
Ah! Se as palavras me ajudassem… Não! Não vou dar-te um qualquer objecto atado por fitas da cor dessa hipocrisia purificante, de quem embrulha materialismos esperando comprar o que nunca estará à venda. Neste papel em branco, sem vida, irão fluir pinceladas de sentimentos, serão aniquiladas barreiras que impeçam a minha alma de voar até ti, nas asas de um poema que desejo fazer em mim. Talvez não...
H! Guerreiros grandiosos! Vos evoco Agigantastes uma pátria adormecida com o sonho da universalidade. Conquistastes o desconhecido e chegastes ao topo dessa colina sagrada onde vivem os imortais, e do seu cume decidistes que parte do mundo era vosso. Nem sempre as velas de vossas naus se moveram por ventos de nobres motivos, mas ecoarão eternamente hinos aos vossos gloriosos feitos. A vossa herança...
Sou vítima dos tribunais da incompreensão Julgado à revelia porque nunca lá vou estar Hibernei nessa caverna iluminada na obsessão De despertar para mim e em mim me deitar Quando apareço! Sou de hipócrita adjectivado Estou! É sempre pouco. Não estou! Algo mudou Faça o que faça essa certeza de ser condenado Pelo que sou e não sou, pelo que dou e não dou Se falo verdade ou mentira isso não é determinante Se...
Existem pessoas sem olhos Outras com tamanha cegueira Que todas juntas aos molhos Não fazem uma fogueira Vivem na escuridão Das luzes da hipocrisia Vermes cuja alimentação São pratos de cobardia Eruditos tão profundos A quem a verdade escapa Engomados vagabundos Vestidos de fato e gravata Não desejam a ruptura Quase sempre criticável São vítimas da ditadura Do que é recomendável Mendigos rebaixados Sossegam...
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