Poesia e pensamentos livres

Que seja nas tuas mãos que o meu corpo treme. Que seja pela tua pele que o meu corpo anseia. Que se humilhem os meus sentidos pela tua presença. Que se incendeie o apetite na tua ausência. Que eu não esteja presente quando tu estiveres distante. Que tudo o que é química seja paixão. Que o eterno seja amor. Que tudo o resto não seja importante. Que o importante seja o essencial. Que o essencial não...
I – Tudo é temporário A vida é o palco onde interpretamos um papel permitido pela vastidão da nossa ignorância. O que acreditamos ser do domínio conhecido num determinado momento, constituirá o vasto universo da dúvida no momento seguinte. A linha que divide o compreensível do incompreensível é definida por segundos que separam o passado, presente e futuro. De estação em estação tudo se renova,...
Derramem sobre mim a terra do mundo! Que me importa! Continuarei sempre renascendo na flor que brotará corajosa do meu descanso. Não permanecerei no silêncio da bruma, terei dias e noites de alma cativa, terei dias e noites de alma livre. Poderei sentir a face fria, mas sei que o meu lugar é nos canteiros floridos absorvendo a luz do sol. Antes que a terra me pise, deposito a esperança nos cantos...
Ah meus queridos Poetas! Tanta falta fazem ao mundo, tanta falta nos fazem. O mundo precisa de alma, de palavras simples e não de simples palavras, de sentimento genuíno em detrimento do calculismo metafórico, de emoção e não de frieza matemática. O mundo necessita da palavra perdida que deu eternidade a um momento, e não de momentos escolhidos para dar eternidade à palavra. O mundo clama pelos...
O futuro é um desejo que desperta com o fluir de todas as experiências vividas nesse momento chamado presente! Não é construção projectada com traços de arquitecto idealista, mas pintura abstracta de uma consciência que se transforma, consoante as cores que experimenta. É consequência, nunca objectivo. É caminho, nunca chegada. É um conceito que se extingue à medida que o tempo passa. Nunca existirá...
Ombros caídos sucumbem ao peso da desistência. Corpos cansados definham em mentes perdidas nos corredores sem a luz da esperança. Solitárias mentes que não encontram uma razão para insistir na luta porque o vazio tomou o lugar do sonho. Protegem-se fechando-se em si mesmos esqueçendo que o corpo sempre estará acorrentado ao mundo. Sofrem a dor visceral do esfumar da vida por entre as mãos calejadas...

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