Sonhando...
Sonhando pedir-te aceitares um sonho, ou um manuscrito.
Podias continuar aqui, podias mesmo ser minha recordação,
Estou recordando o que nunca existiu,
As letras que não te escrevi, jazem de arrependimento...
Abortadas na paixão que não te confessaram.
Aqui,
Na ilusão duma imagem desfeita e sem passado,
Uma espiral sem fim no fumo do meu cigarro...
Conclusão de nadas ressurgidos e vividos,,,
Síntese de um sonho inacabado...
Interrompido no seu começo,
E eu sonho sonhando contigo...
Os teus lábios,
Feitos de um tom cativante,
De uma sensualidade desejada...
Brincam com o desejo,
Da noite que não tiveram,
Ou somente...
Das noites que inventaram!
As tuas palavras...ou não!...
Não!
Não eram as tuas palavras, nem as minhas,
Era apenas a abundância de dizê-las...
Olho-me e pergunto,
De onde te conheço?
Angustia tornada alma, e em pecado por redimir...
Olho-te,
Numa manhã fria...
Fria a manhã...
Fria a cor...
Fria a certeza do inabalável...
Fria a minha alma a cristalizar-se, no frio,
No meu olhar, fria é a frieza dum futuro...
Porque estivemos nós ali?...
Ali,
Naquele bar ao dobrar a esquina,
Impondo caminhos aos nossos destinos...
Mudando trajectos na viagem da vida!
Beleza inimaginável…….
Sim,
E se estivéssemos lá fora?
Na rua...do lado de fora da cela da vida...
Desenvolvem-se nos restos que sobraram
Imagens gravadas na alma
Cenários irreais ou realidades feridas de morte……
Olho-me
...E é nas minhas letras de um diário que ainda não tenho,
Que talvez preencha as minhas recordações antecipadas,
Ou pensamentos...
Ou sentimentos...
Ou, quem sabe...
Previsões nascidas e embaladas!
Sobre o meu incerto futuro
By Placido De Oliveira on segunda-feira, agosto 24, 2009
Posted in desejo, fantasia, prosa | No comments
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Popular Posts
-
Em tempos já saudosos de uma convivência sadia As palavras surgiam de forma partilhada e pura Momentos adoçados por uma contagiante alegr...
-
Estás ausente! Nada te pode dar esta minha vontade de dar-te algo. Dou-te uma solidão que sabes ser tua e só assim a quero. Dou-te este...
-
Ah! Se as palavras me ajudassem… Não! Não vou dar-te um qualquer objecto atado por fitas da cor dessa hipocrisia purificante, de quem emb...
-
Hesitei! Um ou dois?Costumavam ser dois! Cheios de tudo e de nada, mas plenos de sonhos que tocavam tão alto em mim, em ti, e na vida. Ho...
-
Poema à minha Mãe Não que o sangue me obrigue Aqui a deixar um lamento Nem obrigação que me ligue A tão nobre sentimento Não é laç...
0 comments:
Enviar um comentário