Em cada dia percorro
Por onde a vida levar
Em cada dia eu morro
para a vida regressar
entro nela devagar
Sem o cansaço da pressa
Sou criança a sonhar
que ao jardim regressa
acordo e desejo o começo
caminho seguro de mim
se o começo tem preço
abraço um novo fim
Meu amor é verdadeiro
Caminha com a verdade
Sinto tudo por inteiro
Nada quero por metade
Cada dia uma aventura
Nada tenho por seguro
A...
By Placido De Oliveira on domingo, fevereiro 24, 2019

Habito em destinos cujos passos não entendo.
Rostos de solidão indiferentes carregam o desencanto.
Sou verdade, e o mundo não me vê.
Nada espero, simplesmente observo.
Esperanças prostadas diante do medo.
Revolta pronta a explodir ao mais pequeno incentivo.
Emoções hipocritamente desatentas.
Ignoram-me por todos os motivos inúteis,
E eu nem tento disfarçar o quanto não me importo.
Sim!
Existe...
Posted in hipocrisia, indiferença, realidade, verdade | 1 comment
By Placido De Oliveira on quarta-feira, janeiro 06, 2016

A minha mãe morreu em maio de 2017 aos 87 anos e o meu pai em Março de 2018 aos 92.
Estiveram 60 anos juntos, uma vida cheia de dificuldades como ninguém imagina, mas estiveram juntos até ao fim.
O meu pai morreu na minha companhia, e nos últimos tempos, a referir constantemente que não podia ficar mais tempo por "cá" porque tinha alguém à espera dele.
Deixou-me um papel escrito, uma mensagem...
Posted in homenagem ao pai, morte, pai, saudade | 1 comment
By Placido De Oliveira on sexta-feira, janeiro 16, 2015

Perdi-te!
De tão profundo que foi este meu não querer, só me encontrei no teu adeus.
Esqueci-me de ti nas pequenas e grandes coisas, nessa solidão estúpida em que sou sombra do teu sonho.
Fiz de errante ilusão a razão da minha invisibilidade.
Não duraste! Nada dura em mim mais que o fácil com a duração do pouco.
Na pele suam todos os silêncios de vozes que não me pertencem.
De dia sou nulidade,...
By Placido De Oliveira on quinta-feira, agosto 28, 2014

Talvez!
Talvez um dia escreva!
(...)
Talvez escreva para ser desimportante.
Talvez escreva para ser proporção, fragmento, parte.
Talvez escreva porque sou escasso.
Talvez escreva porque sou do tamanho dessa insignificância.
Talvez escreva porque não tenho outro espelho que me minta.
Talvez escreva porque me falta tudo o que tenho e não me alcanço.
Talvez escreva porque tenho fé no desassossego.
Talvez...
Posted in acreditar, escravidão, escrever, prosa | No comments
By Placido De Oliveira on segunda-feira, março 25, 2013

Porque me pedes o impossível.
Porque exiges o que não é nosso.
Exiges o depois, o momento seguinte.
O amanhã!
Pedes tão grande a alguém tão pequeno.
Pedes tanta coisa, a quem se sente tão pouco.
Não odeies os meus silêncios, nem sempre
eles calam.
Não rezes pelas minhas palavras, nem sempre elas falam.
Não!
Não quero ver-te triste.
Mas não te posso dar o que não é meu.
Mulher!...
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