By Placido De Oliveira on domingo, maio 03, 2020
Poema à minha Mãe
Não que o sangue me obrigue
Aqui a deixar um lamento
Nem obrigação que me ligue
A tão nobre sentimento
Não é laço que me move
A expressar a gratidão
Por quem agora não pode
Agarrar a minha mão
Há sempre um dia de alguém
Quando a alma tem memória
O sonho não esquece ninguém
Que criou a nossa história
Não me cuidaste por pena
Não me amaste por dever
Deste-me tua voz serena
Quando a dor veio bater
Deste-me a esperança
Quando eu me abandonei
Deixaste que fosse a criança
Que para o mundo eu criei
Lutaste por um futuro
Que para ti não sonhaste
E trabalhaste bem duro
Pelo que em mim deixaste
Tem por certo na distância
Que cada vitória obtida
Só celebra a importância
Dos teus passos nesta vida
Não te deixo a mensagem
Que o momento pedia
Nem engenho nem coragem
Esta alma ousaria
Minha mãe sou tua imagem
Nesta vida, em cada dia
Plácido De Oliveira
03-05-2020
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